A Menina do Coração Tagarela

Esse coração fala demais.

Meus ditos. Parte IV

Para frasear todo o meu lamento desfaço das minhas vontades e discordo das minhas próprias críticas, vejo no horizonte um lugar de tranqüilidade que estou buscando a cada momento de perturbação dos meus sentidos, se bem que deixei de “viver” para lutar por algo inútil, me faz sofrer até agora, não tenho noção dos passos que darei no futuro muito menos do meu ser irreal... O destino me pregou peças de ironia, menosprezou tudo o que eu já tinha feito por “ele”, na verdade nada fiz direito e o que colho hoje foi fruto do que plantei antes e não posso, agora, me arrepender... O passado me persegue de maneira tal que me isola nos piores lugares que nenhum outro ser poderia viver, tamanha é sua irracionalidade e banalidade por mim... Perdi-me pelos becos escuros à procura da luz, na necessidade de criar um vínculo comigo e assim poder sobreviver aos bombardeios do meu medo... Em vista, tenho uma posição quanto a minha condição, sei que não poderei sair da atual realidade, mas tenho a certeza de conquistar, de buscar o meu espaço... Diante do ímpeto dos fatos, o real, para mim, virou fantasia, lenda, um conto; nada mais posso fazer para reverter todo esse processo de reversão da minha personalidade que agora tem novas faces, não que a tenha mudado, mas o “sistema” transformou alguém passivo em deprimido... Adiantaria a repressão do meu instinto? Só trouxe um mundo estranho e repleto de indecisões confusas; estou sempre rastejando pelos cantos na sorte de encontrar abrigo, morada, tranqüilidade e tenho achado a pior das formas: a solidão...

1 Comentários:

Quando o sol cai ergue-se a lua, trazendo-nos um vento suave e frio em meio a pouca luz. Na solidão, venho conversar com os seus textos.
Ao ler este texto notei você ainda esta perturbada e perdida na escuridão da incerteza de encontrar a luz... Mesmo assim, você ainda consegue nos trazer um texto de qualidade. Eu fico meio confuso por ter elogiado um texto que foi produzido com uma caneta que usa solidão diluída em lágrimas ao invés de tinta. Mas você escreve agradavelmente bem!
Tento imaginar o grau de dificuldade que você vem passando. Mas se quer ter o direito ao arrependimento?! Não sei se sou capaz de acreditar que você tenha cometido um erro grande.

Felicidades pra ti é o que eu desejo!

Marcos Costa