A Menina do Coração Tagarela

Esse coração fala demais.

Relato de um sonho - parte III

Foto: Mananciais de amor
          Era de tarde. Um lugar tão diferente do que já vi, mas que não parecia com nada que eu já estivesse estado antes. O lugar era uma pousada com requintes de praia, paredes brancas, entalhada com flores azuis nas paredes e pilastras, na sua maioria. Era o hall.                   
         Tinha bastante gente neste lugar, muitas delas desconhecidas para mim. A pousada tinha um “cheiro” de praia, mas não tinha mar por perto, nem areia de praia. Era dentro da cidade, mas não era uma metrópole, mas uma cidadela, daquelas do interior. Havia coqueiro por perto, muitas flores vermelhas... Adoro vermelho!
          A minha visão do lugar era vintage, amarelado, vai ver era por conta do sol poente.  
         As pessoas... Eram muitas, mas uma me chamou atenção. Era branco, cabelos longos e pretos, tinha barba. Sua fisionomia era bem familiar. Por sinal, ele estava cercado de mais gente que o conhece do que eu. Ali eu era a intrusa. 
       A noite estava chegando, denunciado pela cor do sol: tom alaranjado. As pessoas foram indo embora e rapidamente, mas aquele que eu estava olhando não partiu. 
      Com tantas distrações, ele conseguiu me levar para um lugar, onde só eu e ele pudéssemos ficar. O lugar tinha duas janelas. Uma a minha frente e a outra do meu lado direito. Nesta janela entrava toda a luz do sol poente, o que deixava o lugar todo iluminado e pude ver o que havia nele. O tal lugar era um quarto. Havia uma cama enorme: lençol branco com flores azuis, parecia bem aconchegante. Sobre a cabeceira ficava a janela que estava a minha frente quando entrei. 
           Tinha uma poltrona branca, as paredes eram brancas, havia muitas flores naturais e flores talhadas na parede em azul, como no hall. Só era quebrantado por conta da luz do fim de tarde vindo da janela na lateral. 
           Aquele momento era para contemplação total. Um olhava para o outro. A porta do quarto estava fechada, mas sempre vinha alguém bater e chamá-lo. Eu permaneci sentada na poltrona, de costas para a porta e de frente para a cama. 
         A noite caiu! O quarto era uma penumbra só, porém era quebrada com a luz que vinha da janela da frente, onde a cama ficava logo abaixo. Ele, então, chegou. Já estava sem camisa. Deitou sobre a cama. A luz que vinha da janela iluminava seu rosto e eu podia vê-lo, já ele não me via. 
           Entre carícias e afagos, momentos delirantes, no início de uma bela noite... Aquele desejo de que continuasse... Eis que acordo! Damn!! (risos)

Revista Rock Meeting Nº 43