De tantos questionamentos que poderia fazer, uma delas é tão perturbadora quanto levar uma tapa da vida. Como pode alguém enganar por tanto tempo uma pessoa com promessas quase eterna de um longo caminho de não percorrê-lo sozinho? Como pode ser tão falso proferindo palavras de um escalão profundo pelo seu significado? Realmente, não compreendo como tais atitudes estão dentro do caráter de alguém que juramos que é diferente até o comportamento não é igual aos demais já visto. É claro que deve ser aprendida a todo o momento a reação humana. Ainda assim, não justifica.
Qual será a sensação de enganar alguém? Diversão, prazer... O pior de tudo isso é o tempo que passa junto, conhece seus atos, conhece como se porta diante das pessoas, julga os seus erros e agi no período de maior fraqueza. Seria isso, então, estudar os outros para praticar no ato de sua fragilidade emocional? Posso estar questionando demais e confundindo os pensamentos desta maneira. O tempo todo fui usada para satisfazer o ego de quem me enganou? Não justifica.
Se foram feitos sacrifícios para manter o aparente, perdeu tempo. O que restou? Insatisfação e descrédito de confiar novamente, teorizar, cada vez mais, de que todos são iguais em atitudes.
As lembranças vão e voltam para que sejam recordadas e levantar respostas onde não há. Por que não justifica. É tão frio á reação de certos momentos que nem parece que um dia já foi tão agradável e esperado por dias estar junto de quem você depositou tudo que seja bom. Será mesmo um veneno? Se for, preciso de cura. Destrói perspectivas, corrompe a esperança e desfalece o sentimento verdadeiro. Sinto este veneno correr dentro de mim e ao menos não posso retirar. É intrínseco e depende da pessoa.
Agora, as palavras que foram ditas já não têm sua veracidade. Palavras soltas ao vento, sentimento inexistente, engano, mentiras – por que não? – Podem dizer o contrário que foi um bom aprendizado, foi bom ter vivido tal situação. Tolice. Como não temos aviso prévio nem recomendações, dá-se a cara a tapa e o que vier é lucro. Que lucro! A palavra para tudo o que já foi dito é decepção. Não há outro e se houver, por favor, diga-me, não encontro outro semelhante valor.