Fonte: www.algonomic.com |
Escrevendo para um grupo de
amigos, respondendo uma de suas questões, me dei conta do quanto eu reneguei eu
mesma, numa determinada situação. Daí, ouvindo algumas músicas que me lembram o passado, me dei conta também de
que fiz as escolhas certas para aquele momento. Eu poderia ter sido uma pessoa ‘bem
louca’ diante daquela realidade que estava e hoje dar uma de falsa moralista e
condenar as atitudes do presente, tentando apagar o meu passado. Mas não sou
essa pessoa.
Observando tudo o que já fiz,
eu sei que passei ilesa de muitas das loucuras que a idade lhe diz para fazer.
A idade não, as amizades. Que bem sabemos que, pela imaturidade, pela
necessidade de fazer parte de algum grupo, você se submete a fazer certas coisas
que te dizem ou você vê que os demais fazem. Eu não fiz.
Eu posso não ter muita história
para contar desse período, por eu ter escolhido tomar minhas próprias decisões
sem interferência de outrem. Fiz, faria de novo, não me arrependo. As minhas histórias de verdade ainda estou escrevendo.
A cada decisão que tomei, não
tenho nenhum arrependimento. Eu não deixei de viver, como muitos podem pensar.
Eu fui construir algo para mim e continuo construindo, porque eu não me
contento, eu tenho ambições e são altas.
Eu olho e vejo meus
contemporâneos. Observando de um modo bem superficial, eu sei que saí na
frente. Não, não era uma corrida, uma disputa, mas sei que minhas decisões
foram acertadas e percebo que essas personas hoje não estão onde poderiam
estar, algumas caminharam pouco, outras estão como deveriam estar e outras
simplesmente estagnaram, ficaram presas no passado achando que sua cabeça está
no futuro.
Escrevo estas palavras ouvindo
as músicas da minha adolescência e me traz boas lembranças. Engraçadas muitas
delas. Lembrança até do meu primeiro beijo, da vergonha desse dia. Da escola,
das várias gargalhadas que dei. Eu era um gelo em pessoa nesse período. Hoje,
depois de tantas coisas que passei, estou aquecida, até mais amolecida do que
deveria. O tempo muda e eu não poderia continuar do mesmo jeito. A diferença é
que hoje sou mais consciente do que ontem e assim busco ser sempre. Tomar as
decisões com racionalidade sem a interferência da emoção. Como acredito que tem
que ser.
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