Já se sentiu num tipo de “ostracismo”
das emoções? Você condenou seus sentimentos e isolou para que não lhe causasse
mais problemas. Já se sentiu assim?
Por muitos anos os meus próprios
sentimentos estavam no mar do esquecimento, sem qualquer oportunidade de voltar
ou ser resgatado por mim.
O engraçado é que sempre foi
assim, desde muito nova que minhas emoções sempre estiveram em segundo plano,
pois o bem-estar do outro valia muito mais para mim. Eu me esqueci, por
completo.
Houve momentos que as portas
foram abertas, porém já voltava por temer tanto o que ele poderia proporcionar,
no entanto, a única hora que poderia ter desfrutado mais das emoções, o impacto
foi tão forte que voltar para o seu refúgio foi o mais acertado diante das
circunstâncias.
Foram longos anos lá, adormecido,
sempre com a vontade remota de tirá-lo do seu “castigo”, mas sem sucesso. Era
preciso passar mais tempo, buscar mais experiência e não ter medo quando ele,
finalmente, pudesse sair do seu cativeiro.
Porém algo vem mudando. Aquele
coração de gelo já não é mais o mesmo. Já pulsa mais forte e acelerado, na
certeza de que um dia ele vai sair deste estado inerte que se encontra.
As mudanças estão acontecendo e
toda aquela amarra que havia para manter o sentimento guardado está perdendo
força, a razão já não pode mais controlar. Está realmente difícil de suportar.
Eu não sei que nome se dá a
toda esta modificação, mas só consigo compreender que tudo o que vem
acontecendo está me fazendo sorrir novamente. Não é sorrir por fora, é sorrir
por dentro. Aquela alegria que não cabe dentro de si.
Verdadeiramente os sentimentos
estão sendo renovados, resolveu acordar no seu tempo. E o que vou fazer?
Impedir? Não, vou deixar acontecer. A razão já não exerce sua força contra a
emoção.
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