A Menina do Coração Tagarela

Esse coração fala demais.

Meeting Hell Nº 1



Meeting Hell - "O melhor dos dois mundos!'

Duas das principais revistas on-line do Brasil juntas numa publicação exclusiva.
Este trabalho é a junção da união com a vontade de fazer. O resultado foi o melhor possível!
Agradecemos a todos os parceiros que acreditaram nesta ideia. É um primeiro passo, amigos!
Deleitem-se em entrevistas e matérias especiais. Feito com todo carinho e atenção que o leitor merece!
A capa e o logotipo foi idealizado por Abstrata - The Art of Gustavo Sazes. O background feito por The BURN Productions.

Rock Meeting e Hell Divine juntas! Alguém imaginaria?

Baixe gratuitamente - http://bit.ly/MeetingHellN1

Revista Rock Meeting Nº 74

Revista Rock Meeting Nº 73

Revista Rock Meeting Nº 72

Revista Rock Meeting Nº 71

Fim





Num bela tarde recebi um recado. Inesperado!

Tomei um susto porque realmente não esperava. Aquele passado que de repente vem lhe cobrar explicações do seu hiato.

Um mundo vem à tona na tentativa de entender o que poderia ser, mas era tão previsível que a ansiedade girava em torno desta possível certeza. E foi!

Quando se estabelece um tempo, o que se espera é que seja cumprido. Primeiro erro. Aumenta a ansiedade, porém já sem o mesmo crédito que havia antigamente. Todas as decepções retornaram e já me deram a chance de compreender o que estava acontecendo: Não se iluda!

Foi uma noite cheia de suspense não concretizado. E o mesmo pensamento do passado voltou, temerosa sempre porque o que aconteceu foi suficientemente doloroso para se deixar levar por este “constrangimento” novamente.

O dia raiou. Um novo momento surge. O passado ficou no seu lugar. Já sem esperanças ou, talvez, calejada, deixei para lá o pedido de outrora. Fui viver. Fiz meu trabalho diário, porque é isso que eu sei fazer e não dependo dos outros para realizá-lo.

No calar da noite, chega uma mensagem à minha procura. Foi relatado o que imaginava, então eu já não tive mais palavras. Não estava tão frio, ventava bastante, mas o meu corpo estremeceu demais, a ponto de ser incontrolável. Estava numa conversa paralela, até interessante, que acabou perdendo o seu valor diante do medo de falar tudo o que queria ou deixar isso para lá e manter enterrado de vez.

Ouvi atentamente cada palavra, respondi com palavras porque a fala não tinha força e tinha medo de ser mais ríspida do que costumo ser em situações desta natureza. Mas as palavras escritas doem mais. Você lê como quiser, interpreta como desejar. A dor é livre.
Não quis dizer muita coisa, mas o que falei soou bastante duro e o que desejava aproximação, um entendimento, tornou-se numa atitude infantil e imatura. E clamava por um motivo para entender o silêncio ensurdecedor.

Quando imagino que o passado retorna é para buscar respostas, mesmo que elas sejam bem desagradáveis. Se isso acontecer, você está dando a cara a tapa e tendo força suficiente para aguentar o que está por vir. Ledo engano.

A sensação é que estava lidando com uma pessoa cheia de medo, com medo da rejeição e sem saber o que poderia acontecer. E quando teve uma amostra do que eu acredito, caiu fora. Não aguentou! Imagine se eu tivesse falado de verdade, descarregado a minha insatisfação que venho carregando a um bom tempo. Mas se faz de sonso para sabe-se lá qual finalidade. E não é a primeira vez que acontece.

Agora, diante da atitude infantil, vai carregar consigo este entrave, pois sempre que ouvir falar em mim, ou ler meu nome por aí, certamente vai lembrar do quanto o quis, mas ele mesmo não sabe porque perdeu, no entanto, sabe que o seu lugar era o passado e que lá ele deve ficar. Vai sempre lembrar disso. Ou não, talvez nem se importar mais. O bom é que eu não precisei tomar atitudes drásticas, este tem sido o meu melhor momento e na certeza de que poderei escutar aquela música sem ter o mesmo apelo, de passar por certos lugares e não lembrar, de ler seu nome e não me importar.

Há males que vem para o bem. E isso eu devo agradecer, de verdade. Levou consigo o que já nem restava. Levou consigo tudo o que poderia haver dentro de mim e o legal disso é que não serei eu a lamentar e pensar.

Sabe aquele ditado, ‘fala o que quer, ouve o que não quer’? Poderia ser reformulado para os tempos atuais: Fala o que quer, ouve o que não quer e ainda bloqueia. Não serei eu que lembrará das feridas. Fim!

Revista Rock Meeting Nº 70

 

Revista Rock Meeting Nº 69

 

Revista Rock Meeting Nº 68

Good bye


Uma vez pensei comigo mesma: poxa, será que tento novamente? Amigos mais íntimos me diziam o contrário. Outros me impulsionavam devido ao meu estado de espírito. Era como se estivesse começando tudo do zero. A diferença é que já sabia, ou não, o caminho.

Quando uma brecha se abriu, um mundo surgiu e infinitas possibilidades junto com ele. A chance de poder fazer tudo de novo de um modo diferente perpassava a mente. Tudo era mais nítido e parecia infalível. Uma técnica de explosão e medo, sim, medo. Medo é bom para dosar as atitudes.

Muito embora, quando se achava que os planos sairiam do papel, eis que o inesperado acontece e tudo que fora planejado caiu por terra. Repensar.

Palavras foram ditas, simples e verdadeiras. Respondidas com alta dose de cautela. Daí, eu tive certeza de que deveria ter tomado uma decisão lá atrás, muito lá atrás, antes de ter arquitetado os planos que havia em mente.

Já estava conformada de não olhar mais para trás, buscar novos caminhos e rumos. Conhecer o mundo! Já que de meu mundo eu fui tirada, de um modo avassalador e sem chance de voltar.

A ordem era olhar para frente, continuar a viver. Estava achando tão sincero e lindo que iria tomar meu rumo com um sentimento nobre, com o coração leve e cheio de esperanças.  Mas não durou muito tempo para a contemplação.

Em pouco tempo daquela conversa regada de cautela, onde estava acreditando em tudo o que fora dito, fazendo jus as palavras que foram proferidas, de um “ser tão diferente” dos demais, era tudo uma simples película que foi facilmente tirada. É como se tivesse armado de um personagem e, quando achou que havia conseguido o “objetivo”, revelou sua verdadeira face.

A visão do “ser perfeito” caiu por terra diante do que estava a minha frente. Fazia muito calor neste dia, em pleno verão, mas todo o corpo congelou. Uma sensação gélida esfriou o meu coração e mente, porém meus olhos ardiam de tanta raiva que sentira. Passageira, ao menos. O que restou foi uma incredulidade absurda, um sentimento horrível tomava conta. E um filme passou pela cabeça: por isso tantos entraves e nada dava certo.

Tenho a consciência que deveria ter feito isso faz tempo, de ter buscado meu rumo, mas acreditava... acredito nas pessoas. No entanto, me deixei levar pelo “mais do mesmo” e cai naquele conto da carochinha. Porque eu ainda acredito nas pessoas e espero não mudar isso.

Eu sei. Eu sei que precisava esquecer o passado de uma vez e voltar a viver a minha vida. Porém não precisava ser assim. Queria ter uma bela imagem para guardar, para poder recordar mais a frente, agora me restou o contrário, infelizmente. Não terei boas memórias e elas devem estar guardadas lá no mais profundo lugar da memória, porque estas coisas só servem para nos lembrar de não sermos tão ingênuas e parar de confiar demais no que dizem, quando seus atos o contradizem.

Lamento, de verdade, pois o que havia era tão bom, agora não existe mais nada. Só formalidades das mais secas, frias, ríspidas e sem qualquer resquício de sentimento.

Se era isso que eu necessitava para continuar a vida, bom, veio de um modo muito doloroso e inesperado. Não tolero mentiras!

Revista Rock Meeting Nº 67

Revista Rock Meeting Nº 66

Revista Rock Meeting Nº 65

Revista Rock Meeting Nº 64