A Menina do Coração Tagarela

Esse coração fala demais.

Do naufrágio ao resgate

Imagine-se estando em uma embarcação, navegando em águas tranqüilas, é quase impossível saber o que pode acontecer ou o que está a sua frente devido ao comodismo de toda calmaria que é vista instantaneamente; sem tribulações com o mar; sem as revoltas do tempo; sem qualquer dano na estrutura física; não há possibilidade de prevê as próximas horas adiante. No imaginário é um momento para descansar e curtir o que pode ser proporcionado.

Estive como esta embarcação por alguns meses. Não me queixava das rachaduras que foram criadas nesse período; todas as situações tempestuosas não me abalavam; as discussões não me faziam tão mal como poderia ser. Ou seja, estava muito bem, caminhando em uma mansidão e buscando a bonança diante de tantas dificuldades.

Como nunca previ nada, apenas imaginava um futuro grandioso, não me dei conta que uma tempestade estava se formando além do horizonte, quando ela chegou não tive como conter, naufraguei diante da turbulência dos meus sentimentos. Sem encontrar um refúgio ou um lugar que me abrigasse permaneci no mar da desilusão em busca de respostas para compreender o que houve de errado, o motivo pelo qual não foi registrado ou alertado nos meus sentidos que aquilo fosse acontecer.

Por muitas semanas estive sozinha e decepcionada comigo mesma por não ter feito nada e que neste momento não tendo muito que fazer. Esperar por ajuda seria o suficiente, mas naquela hora não acabava por completo toda a angústia que sentia. Bebi de várias águas: da incompreensão ao engano, da infelicidade ao incapaz, da rejeição ao completo marasmo. Busquei em lugares incompreendidos que mal sabia que existia. Passei a familiarizar mais com estes lugares na tentativa de sair da minha monótona situação.

Após meses pude encontrar o caminho de volta e estou retirando todas as marcas que ainda há em mim e todo este tempo perdida, só agora consegui enxergar o que não conseguia: A diferença. Percebo que estive lutando por algo que não é para mim. Que não faz o menor sentido estar ao lado do que não tem parte comigo. Como não pude ver isso? O questionamento veio agora, caiu de pára-quedas para me salvar, junto com ele um bote e um par de remos para navegar em novas águas.

Não é muito comum estar com alguém que não tem os mesmo pensamentos e atitudes que as suas. Como é engraçado perceber isso depois de tanto tempo!!! Sempre estive pronta para estar onde quer que fosse, para percorrer o caminho que fosse traçado, trilhar novos rumos. Não tenho tempo para brincar de futuro. Tenho pressa. Todos os meus planos foram junto com o naufrágio. Agora tenho que reconstruir tudo para um novo ideal e creio que não demorará.
Fico a lamentar que terei de fazer tudo novamente, refazer os meus sonhos, reconquistar a minha confiança perante as pessoas, sair da minha sombria maneira de sentir algo pelo outro, retirar a frieza que encobre o meu coração e tentar aquecê-lo, construir o que sempre quis ter na vida. Estou pronta, basta alguém que me complete de verdade.

Incompreendida, enganada e cega. Nunca pensei que uma pessoa pudesse me afetar tanto. Bem vinda ao mundo dos mortais. Cai do meu mundo para viver na ingratidão e na desumanidade das ações do homem. Acordei de um sonho que pensei que não acabaria. Agora viverei como estava e com mais dois motivos para seguir em frente e não olhar mais para trás. Só espero que da próxima vez consiga identificar antes que aconteça uma tragédia. Pois bem, bem vinda ao mundo real. Saí da minha fantasia para encarar a realidade e só ganhei desprezo apesar de inúmeros sentimentos novos que nasceram em mim, nem tudo foi uma catástrofe como poderia ser. Tenho lá os meus ganhos e estes ficarão no meu mundo fantástico longe das péssimas influências deste mundo. Agradeço. Estou voltando para a terra firme e nessas águas não quero estar. Nunca mais. Isso é tudo!

I confess

Gostaria de espalhar tantas coisas aos quatro cantos do mundo o que eu sinto, saber o que a vida poderia me responder, mas a única coisa que posso fazer é destinar os meus sentimentos e frustrações nessas linhas. O meu desejo é esse, muito embora quem o lê esteja com a mente aberta para compreender e viajar neste universo que só faz crescer a cada dia.
Eu confesso que as mais belas situações que vivi não estive ao lado da pessoa que depositei minhas expectativas.

Eu confesso que as minhas tristezas dão lugar ao papel e caneta e ouvindo o som das murmurações pude registrar o mais obscuro lugar que não conhecia.
Eu confesso que a felicidade bateu a minha porta após sonhar várias vezes com ela.
Eu confesso que uma parte do que sonhei aconteceu e acreditei que eu posso.
Eu confesso que o meu coração está mais frio do que antes e qualquer palavra de um grau emotivo não me comove mais.
Eu confesso que não esperava conhecer pessoas tão legais muito menos torná-los meus amigos.

Eu confesso que gostaria de estar em outro lugar para enterrar de vez o passado que assombra em momentos de leve solidão.
Eu confesso que estaria em uma vida melhor se as ações humanas fossem mais sinceras
E ainda confesso que amo quem me deixou.
Eu confesso que o meu desejo é retornar para alguns pontos da minha vida e concertar os erros.
Eu confesso que gostaria de dançar adorando ao Deus Altíssimo, fazer o que me impedem.
Eu confesso que não tenho a quem contar a minha aflição atual.
Eu confesso que sinto vontade de chorar, borrar os meus papéis para retirar o fardo sobre as minhas costas.

Eu confesso que o silêncio fere os meus ouvidos e a falta de comunicação parte o meu coração.
Eu confesso que gostaria que minha estória fosse reescrita para segui-la com felicidade e não com angústia.
Pretendo confessar ainda que o meu maior prazer era ter você de volta, mas sei que este fim não tem começo. E se estiver errada, por favor, se isso é um delírio, alguém me acorde.
Eu confesso, mais uma vez, que as minhas dificuldades não têm parte nas minhas decisões.
Eu confesso que as palavras não podem exemplificar a dor que sinto apenas refletem o mínimo que posso.
Eu confesso que gostaria de te odiar, muito embora não consigo... É muito mais forte do que eu.

Gostaria de continuar a confessar as lamúrias vividas, neste momento quero apenas lembrar que eu existo e quero viver. Cansei de depender do tempo, não suporto a idéia de esperar, afinal, tenho pressa... Pressa de falar o que já deveria ter dito e não falei. O que me resta é a dura tristeza dos meus melancólicos sentimentos à espera de um milagre.

Codinome: Felicidade

Enquanto estava na cidadela das sombras não pude enxergar o que havia de bom após os meus domínios. Caminhava na escuridão com pensamentos obsoletos aos quais seguia com maior rigor, certa vez observei ao fundo algo que me chamava e não sabia ao certo o que era, mas parecia ser bom e diferente de tudo o que já tinha visto. Tive medo de sair de onde estava. Pensei. Resolvi prosseguir. Muito além das expectativas um mundo mais claro estava nascendo dentro de mim, em minutos o lado sombrio que ocupava a minha vida foi deixando para trás e o que só me importava era aquele lugar.

A verdade é que o sentimento que tomava conta de mim era muito maior do que já tinha vivido. Não sei nomear, apenas acredito que conquistei um espaço dentro de mim que jamais pensei que existisse. Felicidade de realizar um desejo pode ser escrito desta maneira este momento, não há outra palavra de semelhante valor que possa exemplificar. Dentro da minha cidadela não cria em tal situação, ou pelo menos não tinha imagino o quanto seria bom para o meu coração. Apesar de tantas farpas que sobrevoaram as minhas indecisões, a angústia de continuar onde estava consumia a minha liberdade.

Ao ver aquele mundo que nascia não pude deixar que consumisse a minh’alma e fui desfrutando de um prazer inigualável. Mesmo com outras experiências distintas sei o quanto cada uma teve a sua importância, mas esta tem um gosto especial, e por este motivo dou boas vindas e peço para que reine. Ainda sei o quanto é difícil de entender. Mas sair de onde estava e enxergar um palmo além do que conseguia já me fez acreditar que tudo é possível, mesmo que seja incompreensível, porém eu consegui.

Agora me resta acordar, pois o sonho tornou-se real. O que espero? Não sei, o que tenho em mãos é o poder de registrar cada segundo do meu mais novo espaço conquistado. E a quem devo a honra de agradecer está onipresente. Tamanho o desejo, quão forte foi sentir e respirar o depois. Foram minutos para um novo olhar e esquecer o passado. Entrar no presente. Finalmente. Viver é a razão de sonhar. Sonhar é acreditar. Acreditar só naquEle que concedeu uma oportunidade de escolher. Meu nome?Esqueci. Codinome: felicidade.

Deixe-me sonhar

Antes de dormir me pego fixando algo na mente, não importa o que tenha escrito ou o que tenha na figura ou qual o movimento da imagem. O problema é que a última visão fica gravada e a partir daí segue-se para um sono profundo com sonhos loucos e inesperados ou desejados.

E é por esses sonhos que gostaria que fosse real, a sensação de não querer acordar é muito maior do que está acordado e isso causa frustração, pelo menos em mim. É tão distante do real que o medo de não sonhar novamente é explicado pelo senso de humor. Particularmente, houve momentos que tudo o que queria era não parar de sonhar, era tão bom, tão único e parecia estar acontecendo de verdade; era uma sensação jamais sentida, a realização de desejos que nunca poderiam ser concluídos, fico na expectativa de ter novamente ou uma continuação para acalentar o ego do que não posso conseguir.

Na noite passada, sonhei com o que gostaria que acontecesse, foram instantes ao lado do meu desejo que suspirei pedindo para não acordar. O meu maior presente seria ficar no sonho e esquecer da realidade, fugir de tudo que não dá certo e procurar nas lendas o meu ideal. Não quero parar de sonhar e espero que, em sonho, todos os meus anseios sejam sanados. Resta um passo. Pretendo persistir! Não vou desistir! Vou dormir e conquistar o meu sonho.

Distração

Às vezes me distraio e me pego sonhando com as lembranças de um passado ainda vivo. Não entendo quais as razões que me fazem pensar no que já se passou apenas me distraio com a ilusão de uma felicidade que não existirá novamente. Fico a pensar, mais uma vez, se é possível viver o mesmo sentimento várias vezes, como desconheço o caminho prefiro entender o que está ao meu redor do que a mim.

Sei o quanto é complicado fazer ressurgir o fracasso para compreender a derrota da crise do imperfeito. Talvez, gostaríamos que o fantasma do passado tivesse um momento de redenção e o que havia saia das cinzas. É um tanto quanto perturbador sonhar que esta possibilidade aconteça, ao tornar ao mundo real percebe-se que a queda é grande, que a frustração toma conta do coração e desejo de mais um dia alegre desfalece junto com a esperança.

Pela distração momentânea o filme do atraso repassa para ser lembrado e a ligação que havia foi desfeita. Agora o que resta é um ponto de luz na cortina negra da recordação. Não há mais sentimento, não há mais perdão, não há mais conversa apenas palavras soltas ao vento que tenta dizer algo e não consegue pronunciar nenhuma sílaba. Mentiras, falsas promessas assim se fez uma corrente que se partiu. Até onde vai? Não há resposta, o que há é o desejo de um começo sem fim.

I miss for no one

A cada momento que se passa na minha vida tenho a leve sensação de que tenho saudades de ter saudades de alguém. É confuso poder compreender o que seria e o que me levaria a pensar de tal forma. Não tendo muito que pensar durante o dia fico a observar as pessoas e lembrar como era ter saudades de alguém se poder dizer o quanto a determinada pessoa faz falta. É estranho para eu entender e explicar esse fenômeno não tão casual, pelo menos creio que não é rotineiro.
A questão persiste no ideal de um dia era tudo perfeito e acabou em linhas tortas, mas se começa errado não dá para terminar certo. De certa forma, foi até melhor assim. Agora desprezo o que achava bom e vejo o outro lado das coisas que antes não queria perto, assim vou vivendo sem um ponto de partida preferindo estar mais atenta a me lançar sem imaginar o que há logo após.

Hoje sei que estou bem melhor do que antes, não sinto o que sentia; o coração não palpita mais pelas situações de antes, congelou após sofrer e quando será aquecido novamente? Sem previsão. Prefiro. Não como uma forma de defesa. Acredito que vivendo certos momentos a mente já se habitua a não cair mais naquela mesma situação e assim os outros fatores seguem o mesmo parâmetro de ser mais fria e ter menos emoção para qualquer hora.

Não lamento por está acontecendo isso. Não culpo ninguém. É bom aprendermos a tirar a neblina dos nossos olhos podendo enxergar o que não é visto. Ainda assim, ficar nesta mesmice é uma chatice. Ousar, lutar, gritar. É um bom momento para extravasar a solidão e jogar tudo para o ar. Esquecer do que se passou e viver uma nova vida. Que assim seja! Mas ainda sinto saudades de ter saudades de alguém. Quem? Não sei, só sei que sinto!

O sentimento que destrói, corrompe e desfalece

De tantos questionamentos que poderia fazer, uma delas é tão perturbadora quanto levar uma tapa da vida. Como pode alguém enganar por tanto tempo uma pessoa com promessas quase eterna de um longo caminho de não percorrê-lo sozinho? Como pode ser tão falso proferindo palavras de um escalão profundo pelo seu significado? Realmente, não compreendo como tais atitudes estão dentro do caráter de alguém que juramos que é diferente até o comportamento não é igual aos demais já visto. É claro que deve ser aprendida a todo o momento a reação humana. Ainda assim, não justifica.
Qual será a sensação de enganar alguém? Diversão, prazer... O pior de tudo isso é o tempo que passa junto, conhece seus atos, conhece como se porta diante das pessoas, julga os seus erros e agi no período de maior fraqueza. Seria isso, então, estudar os outros para praticar no ato de sua fragilidade emocional? Posso estar questionando demais e confundindo os pensamentos desta maneira. O tempo todo fui usada para satisfazer o ego de quem me enganou? Não justifica.
Se foram feitos sacrifícios para manter o aparente, perdeu tempo. O que restou? Insatisfação e descrédito de confiar novamente, teorizar, cada vez mais, de que todos são iguais em atitudes.

As lembranças vão e voltam para que sejam recordadas e levantar respostas onde não há. Por que não justifica. É tão frio á reação de certos momentos que nem parece que um dia já foi tão agradável e esperado por dias estar junto de quem você depositou tudo que seja bom. Será mesmo um veneno? Se for, preciso de cura. Destrói perspectivas, corrompe a esperança e desfalece o sentimento verdadeiro. Sinto este veneno correr dentro de mim e ao menos não posso retirar. É intrínseco e depende da pessoa.

Agora, as palavras que foram ditas já não têm sua veracidade. Palavras soltas ao vento, sentimento inexistente, engano, mentiras – por que não? – Podem dizer o contrário que foi um bom aprendizado, foi bom ter vivido tal situação. Tolice. Como não temos aviso prévio nem recomendações, dá-se a cara a tapa e o que vier é lucro. Que lucro! A palavra para tudo o que já foi dito é decepção. Não há outro e se houver, por favor, diga-me, não encontro outro semelhante valor.

Poison

Tenho medo de certos bichos que são nocivos ao homem. Dependendo, o veneno que possui pode levar à morte. A questão é que nós também possuímos veneno suficiente para derrubar quem quisermos. Não sei se poderei chamar pelo seu igual valor, o amor é um veneno. Não tem cura. É preciso repousar bastante para que o seu efeito passe e orar para que fiquem seqüelas.
Confesso. Fui envenenada. Ainda não morri de desgosto, mas os efeitos colaterais são péssimos. Não tenho febre, mas a dor de cabeça que está causando é lastimável. É suportável. Às vezes o coração palpita, dá-se um jeito ao menos. Ao saber de possíveis remédios para esse veneno, todos são paliativos e não resolvem, só agravam a minha situação.
Não acredito que tenha cura, dizem que o tempo ajuda a esquecer e a dissipar o mal. Espero que sim. Sei que fui infectada e o mal feitor continua a solta tentando fazer o mesmo que fez comigo.
Desejo a cura para este mal que assola os pensamentos, a lembranças, os lugares, e só tem prejudicado. Ainda bem que o seu efeito vem em momentos impares e é controlável. No mais dá para conviver envenenada enquanto a dosagem que foi injetada não for liberada por um todo.

Meme??!!

Bom, aceitei o desafio de Wanessa mesmo sem entender direito
o que significa Meme... Espero que eu tenha entendido corretamente.
E vamos ver no que vai dar isso ^_^

“Mas, o que é Meme? Meme é tudo o que se aprende por cópia, a partir de uma outra pessoa. Desde coisas simples, como comer usando talheres, até ações mais complexas, como escrever textos excelentes em blogs . Resumindo ao máximo, alguém faz, você vê, gosta e copia. Outras pessoas vão ver você fazendo, também gostarão e copiarão. Desta maneira, a evolução de um meme é quase sempre viral e exponencial.” (Palavras de Dallas Diego)
O que mais gosto de fazer na internet?

Desde que eu descobri a net quanto eu tinha uns 14 anos e não sabia mexer em nada, nem ao menos entrar em uma sala de bate papo, já havia entrado na casa de uma amiga. Tirei muita brincadeira nesse dia, diversão pura.Comecei a ter um fascínio por ela e sou 'viciada' o.O No seu limite, claro!!!

Passados os anos, hoje baixo músicas, videos, procuro o que me interessa, mantenho contato com pessoas que não posso estar perto para conversar, conheço novas pessoas também, brinco um pouco - por que não?! - exponho os meus textos, leio comentários sobre, publico algumas das minhas fotos, resolvo algumas pendengas, vejo notícias.

Acho que isso é tudo. Resumi um pouco do que faço.


Passo a vez para Rivison
http://www.meiopalavraobasta.blogspot.com/

O silêncio que fala, reflete e mata

Gostaria de poder entender certas atitudes de uma pessoa que, talvez, a vida tenha reservado para preencher o sonho de ser feliz. Nunca percebi como o silêncio destrói quem espera por uma palavra, por uma resposta. Por que isso? Isso maltrata, magoa e fere o coração com dúvidas e lamentações.

Poderia ser mais fácil conversar, interagir idéias e explanar decisões ao invés de agir e esquecer o princípio básico da existência humana. Como é sofrido quem espera por algo e não obtém um retorno. Afastamento indevido e inexplicável. Fica a pergunta: o que será desta vez? Não quero palavras soltas, não quero murmurações, não quero conversa fiada de outrem, apenas quero ouvir o que tens a dizer e o que quero falar.

Como poderei viver nesta forma confusa, neste sofrimento constante e em pensamentos que vão e vem sem destino? São tantos os lugares, são várias pessoas que mostram um caminho, mas isso é uma fuga da realidade e deixar-se envolver por um complexo de culpa sem fim. Recomeçar seria o desejo neste momento, como? Se a pessoa evita ouvir, olhar, distancia a cada instante e para que lado vou? Seguir um rumo que dá para o além? Não.

Ainda há tempo para desfazer toda incerteza e não cometer o erro de frustrar-se novamente. Diga-me o que quero ouvir. Ouça o que gostaria de falar. Apenas isso! Após esta situação seguirei o meu rumo de acordo com o que for dito. E espero que seja algo bom. Caso não, adeus para tudo o que houve antes. Será melhor assim. Do meu nome nada ouvirá, rumores se for preciso, pois de mim nada saberá, nem como fiz para apagar o que aconteceu.

A cada momento segue a minha tristeza e agora sou eu e não a outra pessoa que sorri e chora por dentro por não conseguir um lugar para descansar. Insistir seria uma boa escolha, o pior nunca é previsto, neste caso, a esperança desfalece a cada dia que passa e a certeza que o sentimento contrário cresce em meio a uma revolta de não estar perto de quem depositou tudo o que sonhou. O que mais anseio é falar o que desejo e jogar em pratos limpos.

Espero que este pedido seja realizado, pois, agora, o meu coração pede trégua por não suportar a pressão de uma revolta sem medida, de um despertar tardio, de um sentimento jamais sentido. E agora? Restam-me forças para seguir em frente e espero que haja quando presenciar o que não imaginava. Pode ser trágico tal pensamento, mas é tão real quanto estar respirando e certo de que parando pode morrer. Infelizmente nada reina de positivo quanto desejaria. Infelizmente!

Sentir que está distante do que teve presente é imaginar que não há um futuro nem perspectivas claras de mudança. Meses atrás falava algo assim e hoje o mesmo vazio e incerteza continuam. A minha vida amorosa é uma piada! Quando construído um muro, com o tempo ele desmorona. Infelizmente, mas comigo é assim!!

Perdi para mim mesma

Hoje acordei de uma maneira diferente. Hoje percebo que muitas
coisas ainda acontecerão boas ou ruins. Hoje eu sinto um vazio, mas não um vazio substancial, algo que deixou de existir e que precisa ser preenchido, não com o que tinha antes, com outras coisas. Hoje eu não tenho um chão, perdi o que tinha na certeza que criaria algo bom. Sem muito que concordar eu não entendo certas formas de finalizar o que estava sendo feito. É estranho, mas tá!
Espantadamente quero compreender se o fim já num era o começo, que tudo vivido foi guardado em lugar de segundo plano. Períodos que tentam explicar o que não houve. Mas o que foi compartilhado? O que visto de boa maneira? O que? Mesmo sem obter resposta continuo olhando para o alto na tentativa de encontrar o rumo que tentaram me dizer e, sem muito entendimento, não compreendi. O que poderei fazer? Chorar, lamentar, gritar, ouvir, esclarecer...? Chega!
Não agüento mais, eu gostaria de estar longe de tudo de faço, de tudo que gosto, de todos e caminhar sozinha para, enfim, encontrar o que há para mim. Quero mais é descansar, estar no alto de uma montanha, sozinha, pensando e observar que tudo o que posso ver foi criado com paciência e que neste momento, a minha, estagnou. Só quero ajuda de uma pessoa, e de mais ninguém.
Eu desejo estar afastada, desejo um lugar diferente de mim, diferente do que vivi, diferente das minhas vontades. De tudo o que já presenciei este, talvez, fosse o momento para apagar de mim o que tenho. Não quero viver para mim mesma, quero apenas ter o que for necessário. Não falo matéria, falo de mim. Não sou mais eu que vivo, não sou mais eu que caminho, não sou mais eu que sinto. Esta é apenas a outra parte que falha o tempo todo, que busca pelo que não é aceitável.
Quem sou eu, então? Desejo um mundo, desejo um lugar, desejo estar só! Em nada me alegra nesta hora. Nem sorrisos verdadeiros me alegram, nem ver o que te faz sorrir, nem amigos, nem mãe, nem pai, nem irmãos. Ninguém! Absolutamente, ninguém! Nem o que guardo com tanto valor. Eu só quero estar com uma pessoa. É tudo que me basta! Posso estar sendo egoísta, posso estar sendo hipócrita, mas não estou louca a ponto de desejar uma pessoa ao meu lado sem motivos aparentes. Correrei para a Tua cruz. E de lá não quero sair.
Desejo ser amada, não pelo homem e sim por quem me amou primeiro. Abandonar tudo o que já consegui e viver como sempre quis. De tudo o que já tive e tenho nada me dá mais prazer como antes. Perdi o que era uma força. Perdi a minha razão e enxergo que ainda há mudança. AquEle que me amou primeiro eu te peço uma coisa. Ajuda-me! Eu preciso de Ti como nunca, sei que antes lamentei aos Teus pés pelo que passava e hoje eu sinto o que é perder de verdade.
Ajuda-me a viver para Ti. Eu sou tua, faça de mim o que quiser. Lamento por ter sido tão doloroso. Estou pronta! Pode durar o tempo que for, enquanto não estiver Contigo, não descansarei. Eu me rendo! Agora vou desposar o meu sentimento para alimentar o que vale a pena lutar. Menos de mim e mais de Ti. Isso me basta!

Não compreendo!

Não compreendo os motivos pelos quais me levam a pensar que tudo o que faço não dará certo. Não compreendo também quando trilho um caminho, pelo menos o que acha correto, ele é destruído com o passar do tempo.
Não compreendo, mais uma vez, de sentir algo quando estou perdendo. Será uma ilusão? Será um destino? Será uma farsa? Não compreendo outra vez. Sinto o vento tocar o meu rosto, mas não sinto um conforto que gostaria para este momento.
Quão é difícil entender-me e quão complicado é andar pelos lugares tortuosos que antes eram, quase, perfeitos. Certas vezes estive encantada com tantas coisas, com um sorriso, com um abraço, com um olhar, em estar sozinha observando a todos ao meu redor.
O que aconteceu que toda essa magia acabou? O que aconteceu para as páginas do livro estar em branco? Nada foi escrito ou foi apagado? Quem é o responsável? Há a quem atribuir a culpa? Não!!! Não há culpados, não há! Para onde foram as lembranças? Sinto-me destinada a mesmice, talvez Ele deseje algo que não entendo e insisto sem assimilar. Por quê?
De inúmeras questões que poderiam ser respondidas, algumas delas até serão, e outras ficaram vagando pelo ar. Uma vez fora cogitado algo de uma maneira, agora se cogita a possibilidade de algo tornar-se real. Que assim seja independente das emoções e das lamentações continuarem, mesmo não compreendendo nada ou tudo!

A que mundo pertenço?


Até que ponto pode-se considera alguém louco? Louco pelo seu estado emocional ou louco pelo seu existencial? Nada que pudesse me dizer o contrário tentaria mudar as dúvidas e consertar as incertezas de uma vida, transformar o medo em possibilidade de viver e ao menos embebedar-se com o sabor do ar puro e talvez reconfortante.
O que me faz ser diferente dos loucos? Pela minha ‘capacidade’ de organizar idéias, de agrupar desejos, de ser complacentes com as atitudes ou ainda ser ‘igual’ a todo mundo? Gostaria que todas as minhas atitudes ‘adultas’ fossem como as das crianças: sinceras, puras, inocentes, inteligentes, verdadeiras. Não quero dizer que não sou assim, mas que fossem mais reais e menos emocionais.
Não sei como é o comportamento de uma pessoa ‘louca’, percebo que há maneiras diferentes, estranhas e que os outros seres não aceitam e reprimem com medicamentos e isolamento dessa gente igual a mim e a você.
Talvez nós sejamos os loucos e eles estejam certos em guiar-se para o seu mundo afugentando da loucura desse mundo que enlouquece todos os dias. Quem sabe, talvez, nós estejamos certos e eles errados que viver nessa loucura traz emoção pérfida e transparente envenenando o nosso ser e afundando o que resta de esperança.

A lamúria do cansaço

Lamento a cada momento se não o vivi como se deveria, ou apenas seria mais dedicado. Bate o cansaço e não entendo o porquê disso. O que sei é que o sentimento nesta hora é de desgaste. O lado emocional esta se esvaindo, as forças já estão fracas e não consigo me sustentar em pé. Estou cansada! É o que posso dizer agora. Cansei de tudo que faço. De tudo que leio, de tudo que escrevo, de tudo. Até de mim... As lágrimas já não resistem mais.
Cansei de mim, de acreditar, de lutar, de respirar, de tentar controlar toda raiva, todo pesar sobre mim, além de que tentando afastar o passado vem o próprio presente para me atormentar. Já não sinto uma alegria verdadeira. Pressão! Não penso, não durmo, não... E não alimento o meu ego, esqueço do que gostaria de fazer, e odeio o que não posso conseguir.
Agora, lamento; não sei mais o que sentir, não sei mais por onde caminhar; o tempo passa e continuo na mesma sem fazer nada do que deveria e do não estar construindo o sonho que aos poucos dou forma. Estou só, deprimida, cansada e desesperançada pela mudança que agora não creio que há para mim, ontem eu queria, hoje desisto! Estou cansada! Volto a repetir.
O sorriso já não e mais contente, já desfaleceu por tudo que está acontecendo em favor da minha queda. Outro dia ouvi que sou conquistadora. Até agora conquistei nada e meus esforços... Que esforços? Nada fiz... Lamento ou choro? Não sei. Estou vivendo e acalmando o coração sofrido e a mente confusa. Desejos desfeitos e vontades acabadas. As coisas acontecem para me derrubar e parece que está conseguindo. O que me resta é esperar. Talvez lute. Talvez amanhã esteja melhor. Por que agora estou inerte e não respondo aos estímulos naturais desta vida. Quero viver, mas não assim.